Espírito de Árvore solitária que ronda pelos cantos do cerrado a procura de vida e apoio para o embate contra seus destruidores. Jurema ouve cantos mudos de dor, rastros apagados pelo fogo, raízes arrancadas sem piedade, ar rarefeito que invade, a seiva o sangue que corre - corroendo suas veias sem nutrientes de uma terra que já sente a mão pesada do Homem/Fogo/Horror que arde.

Baiana em Goiânia, sobrevivo e resisto há 08 anos no Estado de Goiás. Formada em Serviço Social e mais algumas formações inacabadas, das quais colhi muito conhecimento, e as quais me trouxeram até aqui, hoje aos 33 anos de idade, afastada da minha profissão de mazelas para cuidar da mente, entendi que por ser natureza não é possível ficar bem nesse mundo e no contexto socio-político que estamos inseridos. A natureza está sendo atacada covardemente e nós, que somos parte dela, também estamos morrendo. É preciso reagir.

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